O trabalho é cansativo, o transporte é cansativo, viver ficou cansativo?
- Marcos Morcego
- 21 de mar.
- 12 min de leitura
Por Marcos Morcego*
"Trabalhar! Trabalhar pra quê?
Se eu trabalhar eu vou morrer"
(Ponto de Umbanda)

Antes da gente entrar no tema, queria falar um pouco das minhas aflições e do que me motivou a escrever este texto. O primeiro ponto é um cansaço quase que generalizado. Dormir bem é difícil, colocar o corpo no "modo repouso" é quase impossível; se alimentar com qualidade e sem gastar tudo é quase impossível; se manter nos horários exigidos sem se estressar, se apressar, sem correr, é quase impossível. O segundo ponto é que quase todo trabalho parece um excesso de cansaço para o que temos que fazer, trabalhar da forma que trabalhamos é necessário? Um dia foi necessário? E o terceiro ponto é a realidade cruel de quase todas as cidades, com transportes ruins, abertura de avenidas, rodovias e casas, cada vez mais caros, cada vez mais impossíveis de acessar, quase como um novo processo de segregação, os pobres de um lado e os ricos de outro - ops, na verdade essa é a construção histórica da sociedade brasileira, com frequentes enchentes, temperaturas imprevisíveis e perigosas.
Diante de todo esse caos surgiram mais duas coisas - e aqui eu peço perdão por trazer tantas enumerações, mas como alguém que estuda muito, mas também trabalha, milita, tem vida familiar, amizades e - de vez em quando - dates, me questiono sempre: isso é um problema de agora? É um problema da sociedade que vivemos - e com isso coloco o capitalismo no centro? É algo que pode ser superado com poucas/meias medidas, ou realmente só com uma mudança estrutural? E o segundo ponto foi ver colocada em minha frente uma discussão que colocava o home office como o ponto central, realizável agora para frear o colapso climático e diminuir esse desgaste com o trabalho, não negando essa possibilidade, principalmente para certos serviços - como o meu, mas queria colocar a saída para um ponto mais à frente, um ponto que realmente abra a possibilidade de uma transformação concreta na forma que observamos o que nos rodeia e na forma que a gente pode intervir nessa realidade.
Então a pergunta, viver ficou cansativo? Faz sentido a vida que a gente leva? Se cerca de 65% da população brasileira quer o fim da escala 6x1, com um destaque para as mulheres que ganham menos como as maiores representantes dessa porcentagem [1], se nos grandes centros urbanos nós perdemos cerca de 21 dias por ano no transporte público [2], se temos no Brasil mais de 300 mil pessoas em situação de rua [3], e enfim, se quase qualquer análise social de algo que se refira aos direitos sociais tiver um alarmante grau de pessoas em risco, é sinal de que vivemos em um sistema que a vida é literalmente descartável. Não falo de valor da vida humana, porque a proposta é também pensar na desmercantilização.
Nossos direitos e a garantia deles
Teoricamente temos uma constituição muito avançada, temos órgãos e instituições nacionais e internacionais que buscam pensar em justiça social, em direitos humanos e nada disso funciona, até resolvem problemas pontualmente, até fazem coisas importantes, mas a sociedade, o Estado e a força política continua sendo direcionada ao genocídio, não de um setor específico, mas de vários, como a população negra, indígena, as mulheres, pessoas trans. Então surge outra pergunta, de que vale nossos direitos se a movimentação que o capitalismo exige para continuar o processo de lucro, de funcionamento dos monopólios e dos governos, eles precisam de grupos matáveis, descartáveis, de pessoas desempregadas para abaixar os salários e para manter o controle social?
Então, lá no artigo 6º da nossa constituição [4], dentro dos direitos e garantias FUNDAMENTAIS, temos: "a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados". De forma muito breve: as escolas não estão preparadas para o colapso climático [5], as filas do SUS demonstram a precarização que o sistema passa, o agronegócio age pensando no lucro e não na alimentação das pessoas, que a pequena produção cumpre um papel fantástico e a reforma agrária, a autonomia de aldeias indígenas, comunidades quilombolas e outros povos das águas, florestas e da terra poderiam dar uma força muito maior, o desemprego e o subemprego (estar em empregos ruins, precarizados, com baixa remuneração), o transporte - ou a falta de possibilidade de acessar ele, também impedem o acesso ao lazer e isso se direciona diretamente com a questão da moradia, para onde fomos empurrados.
Em um resumo, a sociedade não é dividida porque o todo poderoso Marx inventou a luta de classes, mas muito antes, porque a formação do sistema capitalista, que aqui tem a abertura na forma do colonialismo e de escravização acabou por dividir a sociedade. Existe uma para os ricos, homens, cis, donos do poder e dos meios de produção [basicamente falo aqui sobre bilionários(as), políticos(as) que defendem esse sistema e seus grupos aliados], e uma realidade cruel para o resto da população, cruel não necessariamente porque todos vivem na extrema miséria, mas é porque é uma constante insegurança. Temos uma escolha: podemos nos manter divididos entre morrer de trabalhar ou de fome; ou podemos enfrentar esse sistema de frente, mas pra isso, precisamos começar a desenhar um novo mundo. E é esse nosso objetivo aqui, demonstrar que é possível pensar em viver diferente. Se estamos cansados do que estamos vivendo, não podemos deixar tudo acabar, é hora de nos reunirmos, nos reorganizarmos, bolarmos nossos planos e tomar o céu de assalto.
Primeiro os pequenos passos
A Tarifa Zero, tema que volta a tomar protagonismo com o avanço por mais de 115 cidades pelo Brasil e com fortes experiências internacionais é um exemplo interessante para pensarmos a totalidade do que falamos aqui, mas com uma proposta que busque integrar o mundo do trabalho, dos direitos sociais, da transformação social e da sociedade. Mas, dando os pequenos passos, Daniel Santini [6] faz uma grande reflexão ao falar sobre a materialização dessa proposta, que implica em pensar as externalidades positivas, e que se estendem para pensar o fim da escala 6x1, a redução da jornada de trabalho, a transição ecológica, dizendo "As redes de transporte público coletivo acessíveis e de qualidade provocam impactos tão positivos para a sociedade como um todo que cabe considerar se não deveriam operar sem dar lucro - ou mesmo dando prejuízo. Essa é uma premissa fundamental para a defesa de subsídios de políticas de incentivo direto ao uso de sistemas de mobilidade coletiva" [7].
Esse é o elemento central e que me instigou a trazer este texto, o sistema capitalista, a lógica de tudo ser mercadoria, de nós precisarmos a todo momento que equilibrar contas, medir gastos, sempre estarmos pagando conta (seja na nossa vida particular, seja a dívida colocada aos países pelo imperialismo), nos coloca sempre escolhas e decisões que trazem fortes prejuízos. Mas, e exemplificando pela Tarifa Zero: se ela pode diminuir o trânsito, diminuir os acidentes, trazer a possibilidade de lutar contra a catástrofe climática, diminuir o aperto do transporte público, tornar a vida menos caótica, menos ansiosa e trazer novas relações sociais, inclusive da relação nossa, enquanto seres da natureza com a natureza, porque as contas de um governo são o que importa e o que barram?
Assim como, se estamos cansados de trabalhar da forma que trabalhamos, se estamos cansados de uma vida de dívidas, contas, alimentos ruins e caros, o que fazer? O que pensar a partir do próprio risco e do desânimo? Dessa destruição, dessa ansiedade, desse cenário desesperador em que as políticas de morte passam em segundos, o aumento do salário de grandes políticos é aprovado em segundos? Se as empresas se apoderam, pioram o serviço e demitem trabalhadores, dificultando a situação de todo mundo e os políticos fazem acordos com essa empresa (e esse sempre foi o combinado dentro do que chamam de democracia), eles não estão do mesmo lado que a gente.
O necrocapitalismo
"Somos oito lá em casa
E o dinheiro não chegava não
Fui obrigado a baixar um decreto
E passar um mês inteiro
Com um quilo de feijão".
(Bezerra da Silva - Matemática do Feijão)
Num geral o que se apresenta na nossa frente é uma faceta da sociedade, da política e do "todo poderoso" mercado, que tende a ser mascarada, mas "há, inegavelmente, políticas endereçadas à produção da morte" [8], é isso que a bancada do boi faz quando o setor do agro manipula os preços e prefere tratar tudo como commodities, dificultando o acesso à grande parte da população. Mas também é a proposta de diversos governadores, prefeitos, presidentes [9], que dizem, em público, que certas pessoas devem morrer, ou quando certos ministros do STF defendem que a melhor maneira de lidar com as favelas é a entrada de militares [10].
Para quem acompanha minha produção textual sabe que esse é um dos pontos centrais das minhas denúncias, porque a construção do nosso sistema político é pautada dentro da necessidade de impor esse controle social, não só nessa forma violenta, mas "os ônibus com gente se esmagando tal qual lata de sardinha não são resultado de má gestão ou falta de planejamento. Pelo contrário, são sinais de excelência em administração, com base em regras perversas que detalham inclusive o quanto uma pessoa deve se apertar sobre outra", como aponta Daniel Santini. É basicamente essa a lógica do sistema, nos apertar, nos amassar, extrair tudo aquilo que podem de nós, inclusive nossa produção de dados [11].
Um retorno ao passado
A lógica de transporte, de construção das cidades e do próprio fluxo de mercadorias remete ao processo de desenvolvimento capitalista, que aqui tem início com a colonização. É a lógica de exploração, o entendimento de uma realidade que deve ser segregada, como dizem Daniel Santini, Paique Santarém e Rafaela Albergaria, "no tráfico transatlântico de pessoas escravizadas, diversos povos e etnias africanos foram sequestrados e atravessados como carga", sem esquecer do genocídio aqui dentro, da retirada de povos indígenas de onde habitavam, e do saqueamento de tudo que a terra dá. "O racismo", retornando aos 3 autores, "como base da organização dos transportes nas cidades reproduz a lógica de confinamento e segregação" [12].
Transportados como mercadorias, sentindo a miserabilidade na pele e com a vida sendo apenas um número para os poderosos. Esse é o projeto genocida, longe de ser uma particularidade do governo passado, embora com ele tivesse uma caracterização fascista, sempre esteve presente, com, "a escassez e a omissão", com a violência do cotidiano, com uma estrutura montada para articular a exploração capitalista, o racismo e o patriarcado, com momentos brandos e com momentos mais extremos, a lógica sempre é a mesma, saquear, explorar, oprimir, reprimir.
Outros mundos possíveis
A discussão sobre a questão do trabalho, do transporte público, da saúde, da educação devem, inevitavelmente, levar à discussão de suas próprias superações e, portanto, da superação do sistema capitalista. Basicamente é isso que fica entalado na garganta para gritar para todos os cantos possíveis, as nossas reclamações não serão resolvidas em um sistema que não se apresenta para resolvê-las, muito menos, como gostam de dizer os neoliberais, pelo mercado, tendo em vista que a lógica dele é a de acumulação, de lucro, e se genocídios, ditaduras e outras medidas estiverem na ordem do dia para que isso aconteça, não haverá nenhum receio de fazê-lo.
Portanto, a redução da jornada de trabalho, a proposta da Tarifa Zero, a realidade do SUS e a existência de escolas que se adaptem a certas realidades é um ótimo começo. Nem esse começo está em pauta, falando agora sobre a realidade brasileira, quando a prioridade é o teto de gastos e não uma política de vida. Para a galera que gosta de anime, especificamente de One Piece, em uma das cenas, a personagem Robin, historiadora, que teve sua família e amizades mortos para que a história não fosse contada se sentia descartável, mas ao lutar do lado de pessoas que buscavam libertar os povos que estavam querendo se livrar de diferentes formas de opressão solta um grito: "EU QUERO VIVER", após esse momento a bandeira do governo mundial é queimada. A política de vida só pode ser realizada por nós, em comunidade. Só pode ser realizada por nós, na construção do que queremos viver. "Um socialismo para nosso tempo deve superar não apenas a exploração do trabalho assalariado pelo capital, mas também seu parasitismo sobre o trabalho de cuidado não remunerado, os poderes públicos e as riquezas expropriadas dos povos sujeitados e racializados e da natureza não humana" [13].
Mas a gente não precisa partir daí, podemos olhar, por exemplo, para: espaços culturais de autogestão, articulações locais entre pessoas e coletivos da cultura; Comunas da terra para pensar renda, moradia e a permanência nas periferias com uma produção agroecológica, garantindo formas de soberanias, como a soberania alimentar, pensando principalmente na questão de gênero, espaços de convivência e de saúde como - "Centros de convivência da mulher, rodas terapêuticas", além de prática esportiva e praças; autogestão habitacional - pensando inclusive na desverticalização das cidades (fim desses prédios enormes), na distribuição de moradia para as pessoas em situação de rua (o que impacta e muda também como pensar nossa política de drogas); organizações populares de bairro, associações, assembleias; redução da jornada de trabalho, passe livre, estatização do serviço de transporte (e já jogando onde queremos chegar - tudo sob o controle das pessoas que ali trabalham), planejamento de transportes pensando a integração da periferia que, junto com as medidas que trazemos, poderá ser integração de nós com nós; espaços de contra educação (não de deseducar, mas de uma educação fora do âmbito escolar e do processo institucional, mas voltadas para a formação de sujeitos que possam ser atuantes sabendo de onde são, onde estão porque e o que precisam); grande parte dessas medidas também já se integram as crianças, mas a criação de espaços multieducacionais e propostas como as do MST de Ciranda Infantil, ou da Teia dos Povos de Terreiro Lúdico; fortalecimento das medicinas, cuidados e saberes tradicionais, universalização do SUS, ressignificação sobre o que é saúde e a vida; desmilitarização da polícia e atuação conjunta de movimentos, coletivos e instrumentos políticos para a autodefesa (como fizeram os Panteras Negras). Essas ideias foram retiradas de conversas, atuações, mas também possuem referências teóricas que trago aqui, antes de colocar na bibliografia devido à sua importância:
1- Reflexões periféricas: propostas em movimento para a reinvenção das quebradas [14];
2- Por Terra e Território: caminhos da revolução dos povos no Brasil [15];
3- Pedagogia do Movimento Sem Terra [16];
4-Partido dos Panteras Negras: fundamentos ideológicos para uma revolução [17].
E finalmente a conclusão
Sendo bem sucinto: essas pautas todas podem ser pensadas separadas, podem ser feitos projetos políticos que constituirão um grande avanço para nós, condenados da terra, marginalizados, mas com um pouco mais de dignidade; elas podem ser políticas que a classe dominante, a burguesia, os políticos, o agronegócio, conseguirão derrotar e inclusive nos fazer retroceder. Ou podemos apontar para uma superação dessa crise que atinge nossas forças, e uma superação do colapso causado por esse sistema e esse modelo que nos faz trabalhar demais, que nos faz gastar toda nossa vida só pensando em produzir, produzir, produzir produzir, produzir produzir produzir, produzir produzir produzir. CHEGA! Não é isso que a gente quer, como diz Mc Marks:
Sonhei que a favela tava linda
Que todas paredes tinha tinta
Criançada corria no meio da rua
E o céu tava cheio de pipa
Ninguém com a barriga vazia
E as dona Maria sorria
Tinha até barraco com sacada
Virado de frente pra piscina, acredita?
Chuva de carro importado, os menor desfilava
Lá tava tudo na paz, polícia nem passava
Preto, pobre, favelado era respeitado
Não discriminado
Ali ninguém mais via o Sol nascer quadrado
E é isso, no refrão ele destaca "o que nos resta é sonhar", aqui a gente fala, a gente começa a sonhar, e o que nos resta é agir. o que nos resta é fazer. Não pra geral ter um carro importado, mas pra acabar com esse modelo de cidade, com essa forma de trabalho, com toda a exploração e desigualdade, enquanto a gente constrói esse novo mundo que a gente quer. Tá geral cansado, ansioso, sem aguentar mais, isso é fato, então vamos olhar pro que a gente pode fazer e começar a colocar o que a gente pode ser, o que a gente pode fazer, dar os direcionamentos pra onde a gente pode ir. Começar a construir entre a gente, com a gente, aquilo que é pra gente! É um grito pelo fim do capitalismo! É um grito pela possibilidades dos socialismos que podemos fazer, dando o nome que se queira dar, pensando a particularidade a partir de quem tá fazendo, o que importa é ter essa ideia: mudar é possível, mas é tarefa NOSSA!
[5] Mais de 1 milhão de crianças sem aula <https://apublica.org/2025/02/crise-climatica-deixou-mais-de-1-milhao-de-estudantes-sem-aulas/>
[6] Daniel Santini participou duas vezes da Caverna do Morcego para discutir seus livros e falar sobre a Tarifa Zero: <https://open.spotify.com/show/2n1S70P9Q0bT5Jswo2BjrA>.
[7] Sem catraca: da utopia à realidade da tarifa zero. Daniel Santini. Autonomia Literária [cupom no site deles de 20% de desconto: #MorcegonaAutonomia].
[8] Necrocapitalismo: ensaio sobre como nos matam. Gabriel Miranda. Lavrapalavra.
[9] Witzel defendendo que tem que atirar para matar: <https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/11/01/a-policia-vai-mirar-na-cabecinha-e-fogo-afirma-wilson-witzel.htm>; Mortes por policiais aumentando ano após ano sob o governo de Tarcísio de Freitas: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2025-01/letalidade-da-policia-militar-paulista-aumentou-em-2024>; Após 100ª chacina da polícia de Salvador, o governador Jerônimo elogia a atuação: <https://www.instagram.com/p/DG3s4ZLyS8Q/>.
[10] Alexandre de Moraes defende o armamento mais pesado possível para as favelas: <https://www.cartacapital.com.br/justica/adpf-das-favelas-moraes-defende-operacoes-policiais-com-o-armamento-mais-pesado-possivel/>.
[11] Como pode ser visto no documentário: Hypernormalization de Adam Curtis; mas também tem o livro importantíssimo: Colonialismo Digital de Deivison Faustino e Walter Lippold pela Editora Boitempo e o Colonialismo de Dados, organizado pelo João Francisco, Joyce Souza e Sérgio Amadeu pela Autonomia Literária.
[12] Mobilidade Antirracista. Daniel Santini, Paíque Santarém e Rafaela Albergaria [org.]. Autonomia Literária.
[13] Capitalismo Canibal: como nosso sistema está devorando a democracia, o cuidado e o planeta e o que podemos fazer a respeito disso. Nancy Fraser. Autonomia Literária.
[14] Reflexões periféricas: propostas em movimento para a reinvenção das quebradas. Organizado por Tiaraju Pablo D'Andrea (várias pessoas escrevem). Editora Dandara, Fundação Rosa Luxemburgo e Centro de Estudos Periféricos.
[15] Por Terra e Território: caminhos da revolução dos povos no Brasil. Joelson Ferreira e Erahsto Felício. Teia dos Povos.
[16] Pedagogia do Movimento Sem Terra. Roseli Salete Caldart. Expressão Popular.
[17] Partido dos Panteras Negras: fundamentos ideológicos para uma revolução. Editora Terra Sem Amos
*Marcos Morcego é comunicador político na Caverna do Morcego, articulista na Clio Operária (e um dos apresentadores da Barricada Vermelha, nosso programa jornalístico), militante, pesquisador sobre identidade e território e estudante de ciências sociais.
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