Em defesa do Plebiscito Popular - Pelo fim da escala 6x1 e taxação dos super-ricos
- Clio Operária

- 4 de jul.
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Sem sombra de dúvidas, o povo brasileiro vive hoje um momento extremamente decisivo na sua história contemporânea. O golpe empenhado e executado contra a Presidenta Dilma Rousseff 2016, articulado pela facção do crime organizado conhecida como “centrão” e que atua em um dos mais insalubres territórios nacional - o Congresso -, inaugurou um novo momento na política brasileiro - aqui entende-se, como apontado por Kwame Ture, a política como a guerra sem violência e a guerra como a política com violência -, o domínio total do Estado, o seu sequestro indigesto pelas mãos dos parlamentares.
O que se seguiu do golpe foi o governo ilegítimo de Michel Temer quem recebeu a tarefa de personificar o “acordão com supremo com tudo”, segundo Romero Jucá e o crescimento dos plenos poderes do Congresso Nacional representado por um dos mais célebres faccionados do “centrão”, Eduardo Cunha. A tragédia pós Temer, foi o governo fascista de Jair Bolsonaro que foi chancelado a nível das relações com o capital financeiro por Rodrigo Maia no Congresso e sucedido pelo homem do 4ª Poder, Arthur Lira que, em sua biografia, estará perpetuamente associado ao orçamento secreto e o sequestro do dinheiro público.
A casa do povo que, nos melhores sonhos de Juscelino Kubitschek, deveria ser símbolo da grandeza que o Brasil representaria no mundo e para seu povo, se tornou o pesadelo mais sombrio e aterrorizante, submetendo as pautas mais justas e populares a um estado de paralisia do sono e quando e povo olha, sem seu leito, a face do monstro que o domina, é o rosto amorfo que sintetiza traços desordenados de Hugo Mota e Davi Alcolumbre.
O mesmo Congresso que outrora buscou obrigar que vítimas de estupro a conceberem filhos dos seus agressores, que buscou privatizar praias, que barrou a taxação de grandes fortunas, que destruiu as leis trabalhistas e a previdência social, hoje é majoritaríamente contra o fim da escala 6x1, contra a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda de até 5 mil reais. Hoje, em mais uma vez na sua história, o Congresso é inimigo do povo.
Contra a violência dos plenários, bradamos o poder das ruas e pela mobilização do Plebiscito Popular pela taxação dos super-ricos e o fim da escala 6×1 junto aos movimentos e organizações sociais, partidos progressistas, frentes de luta e centrais sindicais. Se o Congresso não vota os interesses do povo, o povo irá votar. Que fique claro de uma vez por todas, na dinâmica entre os três poderes constituídos da República, o 4ª Poder é o Poder Popular!



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